A causa do não-viver

10 de abr. de 2009.



Muita gente vem me dizer que eu estou errado e que deveria rever os meus conceitos. É estranho falar, mas um dia eu saberei que elas estão com a razão e toda a baboseira de que o mundo é perfeito e tudo depende do prisma a qual vislumbramos o mundo. Mas hoje, não.

Não quero ter motvos para rir, não irei querer ter a certeza de que o mundo é perfeito, - pois não é - na minha ceteza do não-saber opto pela minha ignorância, saber o que é belo, não é o real. Vemos muitas coisas ruins durante nossos anos e as sensações alegres fazem com que esqueçamos os mometos melancólicos, nossas senssações já não servem de parâmetro, um dia terá que resolver isso e eu sei, mas hoje não.

Talvez nunca seja a palavra certa, um dia podemos até ser feliz. Mas será que é possível?
Viver sobre a desconfiança da tristeza é um jeito de não-viver. Mas o que é viver?
Uma razão de vários descontentamentos que tenho já não é mais o mesmo, infelizmente.

A minha dor física - pasmem - é menor que a que eu sinto em meu coração. Mas diria que é um atenuante bastante consideável. Andar nunca foi tão difícil. Viver nunca foi tão desastroso. A morte com certeza é um alento. A borboleta que avistava sobre o olhar de escárnio dela, me traz uma lembrança boa. Não sei se acabo logo com isso ou se apenas vegeto.

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.


Pablo Neruda

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