Pensamentos III

24 de mar. de 2010.
Preso por uma corrente milenar.
A altura da compaixão estampada na cara sórdida do desespero.
Minha face pálida é um presságio de uma catástrofe?
Ou só a dor dos antigos que reverbera em uma canção de terror...

Tirsteza mórbida que traz contigo a mistura do saber.
Me diz se é belo caminhar por suas terras.
Me dê um motivo para que eu não largue mais esse caminho.
Em que sei que a tristeza diante disso tudo não é mais um palco...
de uma bela tragédia.

Entrega a mim o direito de sua resposta.
Não por meios surreais vestido de seus sonhos.
Quero saber de forma direta.
E não ter mais dúvida de que o caminho da sonolência.
É um ensaio para a misteriosa morte.

Choro de angústia, me traz uma lembrança boa.
No tempo em que eu acreditava nas pessoas.
No bem que ela trazia para nós.
Na maravilhosa construção de caráter que elas me impressionavam.
Tempestades de um múrmurio qualquer.
Sinto em lhe dizer, mas não me impressiono mais.
Tenho a pausa de um calafrio eterno dentro de mim.
Na esperança de um mártir qualquer.
Que deseja apenas sair dali.
Vergonha de me sentir vivo.
Padeço por minhas próprias conclusões.
Sou tudo isso que pensa e um pouco mais...
Mais mórbido entre o meu ser e a minha angústia.
Sou sim, o cara de preto que não quer ser o seu parente.

Sinfonia acabada.
A tristeza consolidada por versos extremos.
Faz aqui, por algumas linhas, o despejar de saudades.
A saudade de uma alegria inexistente.

Só me resta entrar em luto.
Ver a minha face triste vai fazer você entrar em colapso.
Das interrogações sempre sujeita a culpa.
Mas ninguém sabe que quando a água for cair.
Quem irá se machucar. Não vai ser você...


Reflexo de uma inocência adulta.
Me encanta ver os pássaros a cantar.
Com suas vidas medianas.
Transformam tudo o que sente em canção.
Mais do que um querubim a festejar.
Mais do que um urubu em meu lar.
Não festejo como os sábios.
Me martirizo como alguns antigos.
Que na parte baixa de uma pedra.
Sempre vai saber onde respingar.


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