Mas qual o motivo do conforto?

7 de abr. de 2009.
Em um desespero abismo, você prestes a se matar, maldizendo aos berros o mundo, pondo a faca entre as suas veias e o choro percorrer a sua face; avista um ser inescrepúloso (no mínimo) que te indaga com essa pergunta maldita. É possívelmente uma das piores penas que um ser humano pode pegar, a não-compreensão agora foi jogado à escanteio, vislumbrando assim um meio teórico para explicar o que sentes. Te sentes um sujos por seus problemas serem analisados por uma pessoa que nem te conhece, penso eu: "Mas quem ele pensa que é, hein?!". Me refiro aos profissionais que analisam o comportamento humano através da psicologia. Ás vezes eu me pergunto o do porque alguém gosta de falar com psicólogos/psiquiatras.

Pode ser a cura do meu vício, este mal a qual eu me refiro. Mas, não tem razão para viver feliz - penso eu - oras, porque então fingirei? É com certeza uma falha de nossa sociedade ocidental hipócrita pensar que se pode ser feliz o tempo inteiro. Uma ilusão jamais entendida por mim. Poderás me chamar do que quiser, mas compreendo o suícidio infanto-juvenil realizado por nossos queridos japoneses. É fácil viver sorrindo, fingindo tudo estar bem. O difícil é com certeza demostrar os seus sentimentos mais íntimos.

Uma sucessão de erros por mim realizados não fará de mim um herói nacional. A não ser, que eu seja/faça algo de muito importante para o nosso Estado nacional e vice-versa. Mas, me digam: Quem é a pessoa que adora animais é vegetariano, um artista de primeira e que louvava seus amigos e sua esposa sempre que podia? Resposta: Adolf Hitler. E é estranho pensar que ele foi um mártir, pois matou menos que Stalin e Napoleão Bonaparte, estes que são venerados pelos esquerdistas e nacionalistas - não se preocupem, não justificarei meus atos através de genocídios.

Voltando ao que interessa, como pode uma pessoa te pedir para ser feliz? Se simplesmente você não quer? É realmente estranho viver em um mundo onde te pedem algo que você não quer fazer.

Via Láctea ~ Legião Urbana
Composição: Dado Villa-lobos/ Renato Russo / Marcelo Bonfá

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim
Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim.

1 Comentário:

Anônimo disse...

Adoro mt esse blog, ele me inspira.

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